Neste ano, no Dia das Mulheres, o time de People do GroupElephant.com no Brarealizou uma roda de conversa exclusiva com as mulheres do grupo junto da psicanalista Juliana De Mari.
O encontro iniciou com as mensagens sobre o principal desafio de ser mulher no mercado de trabalho atual. Juliana, junto com Daniela Salles, Consultora de Processos de RH do GroupElephant.com, trouxe questões como exaustão feminina, pelo fato de termos outras jornadas fora do nosso escopo de trabalho. Vale lembrar que segundo um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens na semana.
Além disso, outro tema trabalhado durante a roda de conversa teve relação com a auto-cobrança para o perfeccionismo. Segundo Juliana, as mulheres têm a tendência de realizar muitas funções para mostrar efetividade. Ela complementou que na verdade, para serem vistas, as mulheres devem pedir ajuda quando encontram dificuldades, e falar de suas necessidades para seus pares, sejam colegas de trabalho, parentes, e parceiros.
Para mitigar as consequências da exaustão por conta da tendência ao perfeccionismo, temos que sempre nos recordar da intenção que colocamos nas nossas ações. Olhar para si mesma, e descobrir o objetivo interior para cada ação, dá um outro significado para o dia-a-dia feminino.
Como exemplo disso, Juliana trouxe questões como o autocuidado. Para Juliana, autocuidado não é apenas tirar uma hora na semana para fazer a unha. Segundo a psicanalista “autocuidado é saber dizer não, é saber pedir ajuda”. E cada mulher tem a sua forma de encontrar significado. A partir desse momento, tivemos uma troca muito rica entre as colaboradoras com as suas percepções e ações de autocuidado.
O próximo tema tratado foi em relação às expectativas femininas. Muitas vezes, as mulheres criam expectativas, mas acabam não as comunicando. Nesse quesito é importante articular suas necessidades assim que elas aparecerem, para que as expectativas sejam supridas.
Em todas as discussões, a principal mensagem deixada pela conversa foi em relação a rede de apoio. Para todas as dificuldades, é importante a mulher ter uma rede de apoio que possa confiar. Em conclusão, Juliana fala: “A gente não tem vez, se a gente não tem voz”.
Para Daniela Salles, “Vale lembrar que o mercado de tecnologia é predominantemente masculino. Ter esses espaços para compartilhar questões comuns entre as mulheres, principalmente em um ambiente corporativo masculino, é muito importante para nos reafirmar como mulheres, profissionais, mães, filhas e pessoas nessa sociedade.”